Director Geral da OOAS satisfeito com a visita de três dias a Cabo Verde
O Director Geral da Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS), Prof Stanley Okolo, terminou hoje a visita de três dias a Cabo Verde, onde salientou a sua plena satisfação tanto a nível de acolhimento como da oportunidade de melhorias das intervenções e as articulações entre OOAS e Cabo Verde.
Stanley Okolo afirmou que se pode tirar muitas lições de boas práticas em Cabo Verde que podem servir de modelo para os outros países africanos. “Na região da CEDEAO, Cabo Verde comparado com os países da região oeste africana está no topo, é o melhor em termos de indicadores de Saúde”, remata.
Conforme avançou o director, a sua missão a Cabo Verde permitiu conhecer ‘in loco’ as políticas nacionais sobre a prevenção das epidemias, “uma oportunidade para discutir com o Senhor Ministro da Saúde, como iremos continuar a apoiar o país e aprender mais sobre Cabo Verde”.
Explicou ainda que está visita permitiu reafirmar o compromisso da OOAS em apoiar Cabo Verde, “Nós já treinamos aqui pessoas, e queremos agora harmonizar essas pessoas para que possam trabalhar juntas, depois de identificar o que é preciso fazer, vamos junto do Banco Africano de Desenvolvimento pedir apoio, ver o que o banco pode fazer, o que o OOAS pode fazer e o que é que o Governo de Cabo Verde pode fazer sobre este assunto”, adiantou.
E neste sentido que Prof. Okolo, defendeu a necessidade da criação da Instituição Nacional de Coordenação, uma plataforma de vigilância sanitária capaz de dar respostas eficientes às demandas das diferentes áreas da saúde. Esta instituição será uma rede dos países da CEDEAO, que trabalharão conjuntamente as questões ligadas à saúde humana, ambiental e animal”, explica.
Para Prof. Okolo “um dos apoios mais específico é a ambulância que vamos trazer e a constituição de uma instituição para fazer o seguimento dessas epidemias. Trata-se de uma ambulância que prevê testes laboratorial e estamos a pensar no apoio técnico para formar os técnicos de Cabo Verde”.
Por sua vez, o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, disse que esta instituição trata – se de um projecto “importante” para Cabo Verde que irá abordar a saúde nas mais diversas áreas, apontando que Cabo Verde que definiu o turismo como o motor de desenvolvimento precisa ter uma segurança sanitária eficiente.
“É fundamental conseguirmos avançar na criação dessa instância nacional de coordenação que irá coordenar com outras instâncias em cada país já existente para que todo o espaço CEDEAO tenha de facto a possibilidade de criar um sistema de vigilância integrada”, observou Arlindo do Rosário.
Para além de debater sobre as doenças transmitidas pelos mosquitos, o governante avançou que este projecto será “muito importante” para Cabo Verde, porque sendo um país insular, há a necessidade de estudar e conhecer os efeitos das alterações climáticas e os impactos ambientais que este fenómeno possa provocar a nível da saúde.
No quadro da sua visita a Cabo Verde o Director Geral da OOAS efectuou encontros com o Ministro da Saúde e da Segurança Social, o Ministro do Estado dos Assuntos Parlamentares e Presidência do Conselho e Ministro de Desporto e Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro para Integração Regional, onde foram abordados alguns aspectos relativos aos desafios e apoios que Cabo Verde necessita, e foram apresentados os planos da OOAS para os próximos quatro anos.
Esta visita permitiu, segundo o Director Geral, obter um conhecimento detalhado das instalações e das actividades desenvolvidas nestas instituições, nomeadamente, o Centro de Saúde de Tira Chapéu, o Hospital Dr. Agostinho Neto, o Instituto Nacional de Saúde Pública, a Inpharma, a Universidade de Cabo Verde e o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI).